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Como ser uma empresa aliada da primeira infância? 

Abaixo, listamos algumas ações voltadas para colaboradores com filhos de 0 a 6 anos e, também, práticas que possam impactar desde a cadeia de fornecedores até a comunidade ao redor da empresa. 

O resultado desse investimento são famílias em que as crianças podem crescer com um vínculo forte com seus cuidadores, desenvolver todo seu potencial e se transformar em cidadãos mais preparados e mais realizadores. É, portanto, uma contribuição significativa para toda a nossa sociedade.

Boas práticas de RH
  • Conceder licença-maternidade de pelo menos 6 meses
  • Conceder licença-paternidade de pelo menos 20 dias e avaliar a possibilidade de estendê-la, já existem bons exemplos de empresas que concedem licença de até 6 meses para os pais
  • Garantir os direitos de licença paternidade e maternidade em casos de adoção ou para casais homoafetivos
  • Ter uma sala de lactação permanente e dedicada exclusivamente para este uso
  • Conceder auxílio-creche para mães e pais
  • Ampliar o valor do auxílio-creche de acordo com a realidade da região onde a empresa está instalada

Práticas para além dos muros da empresa 
  • Exportar sua cultura para outras empresas, como parceiros ou fornecedores, defender a causa ou realizar investimentos coletivos 
  • Apoiar ações de voluntariado, ONGs e creches da comunidade
  • Promover intensa comunicação sobre a primeira infância, não só para seus colaboradores como também para o público em geral
  • Divulgar e promover a causa junto a governos e formadores de opinião. Juntos, setor público e empresarial, podem fazer muito pela primeira infância

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Melhores Empresas na Atenção à Primeira Infância


Toda empresa tem potencial de ser aliada da primeira infância. Mas ainda falta engajamento e entendimento da importância desta causa. 

Acreditamos que é possível mudar esse cenário. Para isso, nós da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, apoiamos a iniciativa do instituto Great Place to Work (GPTW) — maior autoridade mundial em avaliar a qualidade do ambiente de trabalho — de medir quão amigáveis as empresas são com os colaboradores que são pais e mães.
 
Por isso, em 2019, foi criado o ranking das Melhores Empresas na Atenção à Primeira Infância, premiando 6 empresas e colocando essa fase da vida em destaque no setor privado. Já em 2020, 5 organizações foram premiadas durante a 24º edição do prêmio Melhores Empresas para Trabalhar, realizada em parceria com a revista Época Negócios, da Editora Globo. Esta segunda edição do ranking contou com 97 empresas inscritas. 

Confira abaixo as vencedoras de 2020 e algumas de suas práticas. Vale lembrar que todas elas cumpriram com 5 condições mínimas de cuidado e atenção à primeira infância:
  • Conceder licença-maternidade de pelo menos 6 meses
  • Conceder licença-paternidade de pelo menos 20 dias
  • Ter uma sala de lactação permanente e dedicada exclusivamente para este uso
  • Ampliar o valor do auxílio-creche de acordo com a realidade da região onde a empresa está instalada
  • Conceder auxílio-creche para mães e pais

Mas não só isso. Todas essas empresas apresentam baixa taxa de rotatividade, oferecem bolsas de estudo, mentoria e programas de coaching, além de terem um profissional dedicado a promover a diversidade e combater a discriminação. São organizações, portanto, que foram além para adotar ações que colocam em primeiro lugar o bem-estar das crianças e das famílias, buscando um ambiente que proporcione condições para que os funcionários possam focar em criar seus filhos com tempo, amor e dedicação. Um ambiente em que os responsáveis por uma criança não tenham de trabalhar como se não tivessem filhos, escondendo suas necessidades de, por exemplo, adaptação de horários, de disponibilidade e até financeira.

O resultado desse investimento, sabemos, são famílias em que as crianças podem crescer com um vínculo forte com seus cuidadores, desenvolver todo seu potencial e se transformar em cidadãos mais preparados e mais realizadores. É, portanto, uma contribuição significativa para toda a nossa sociedade.

 


Melhores Empresas na Atenção à Primeira Infância de 2020

 

1. Cisco

A diversidade é parte essencial dos processos de atração, seleção e contratação de talentos da empresa. Dizer que uma vaga é específica para uma determinada população ou grupo demográfico é exclusão, não inclusão. Nos anúncios, não há menção a sexo, idade, paternidade, estado civil ou quaisquer outros dados que possam resultar em discriminação ou que sejam de alguma forma limitantes.

Quando um candidato ou candidata chega à fase de entrevista, painéis diversificados de entrevistadores são formados para que possam tomar decisões efetivas e livres de vieses ou preconceito.

Na fase de entrevistas, a empresa envolve líderes, pares e profissionais de diferentes áreas e níveis, garantindo assim uma perspectiva diversa sobre o potencial do candidato. Os recrutadores são treinados e mantêm uma comunicação aberta e transparente durante todo o processo. Nas entrevistas, a organização relata não perguntar, por exemplo, se o candidato ou candidata tem filhos ou se pretende ter, qual idade ou estado civil ou se exerce função de cuidador.

 

2. Johnson & Johnson

Muitos dos temas ligados a questões voltadas aos colaboradores que são pais e mães perpassam as áreas de Recursos Humanos e Diversidade & Inclusão, que têm entre seus porta-vozes oficiais executivos como Guilherme Rhinow, diretor de RH Brasil da J&J, e Alejandro Tubolski, diretor de Diversidade & Inclusão para a América Latina.

Também são porta-vozes da companhia as executivas que lideram o Women’s Leadership & Inclusion (WLI): Mariana Wakatsuki, diretora de operações de Trade Marketing da J&J Consumo, e Thaís Leite, líder de RH para Corporate Functions da América Latina.

Há outros porta-vozes treinados, além do esforço consciente de dispor de uma liderança bem informada sobre os temas relacionados a iniciativas que contemplam a paternidade e a maternidade na companhia. Na verdade, os princípios estão no Credo, que é difundido amplamente, para todos os integrantes da J&J.
 

3. Vivo

A empresa é signatária do Programa Na Mão Certa, da ChildHood Brasil, que trabalha para influenciar a agenda de proteção da infância e adolescência no país, seja em parceria com empresas, com a sociedade civil ou com o governo. A organização tem o papel de garantir que os assuntos relacionados ao abuso e à exploração sexual sejam pauta de políticas públicas e privadas oferecendo informação, soluções e estratégias para os diferentes setores da sociedade.
 

4. Takeda

Na indústria farmacêutica, o maior exemplo de coletivo estruturado formalmente em torno das temáticas de inclusão certamente são os Comitês de Diversidade, constituídos por colaboradores de diversas áreas e um executivo embaixador para levantar discussões e propor ações voltadas a estes grupos. Na empresa, o tema da primeira infância está inserido na pauta de dois desses comitês: Gênero e Etário.

Todos os veículos internos (de mão única ou interativos) contribuem para o tratamento de reivindicações, cada um à sua maneira: Yammer, myTakeda Intranet, myTakeda News, TV Corporativa, Comunicado da Liderança, TabMedia, Fale Conosco, Linha Ética da Takeda e HUB Digital do Código de Conduta.

A Takeda busca movimentos e ações para que o programa Diversidade e Inclusão seja relevante e faça a diferença na vida dos profissionais. Várias ações são elaboradas durante o ano para fomentar a discussão sobre diversidade e inclusão: Nosso Encontro, Café da Manhã com a Presidente, Café da Manhã com Novos Colaboradores, Treinamentos obrigatórios, Compliance Week, Cartilha de Diversidade e Trilha da Diversidade.
 

5. Santander Brasil

Hoje em dia, como forma de atração e benefício financeiros, nos centros administrativos do banco há lactários para facilitar a conciliação entre a vida pessoal e profissional.

A empresa também conta com auxílio creche e babá para os colaboradores com crianças de até 5 anos e 11 meses. Este benefício só se aplica por filho (ou no caso de menores tutelados ou em guarda judicial), o que significa que só é concedido para cada nome e CPF registrados como beneficiários. O valor do auxílio creche médio no Santander Brasil é de R$ 488,61.

Também há a bolsa de estudos para Filhos Excepcionais que é exclusiva para filhos, dependentes sob guarda judicial ou sob tutela de qualquer idade, com eficiência intelectual grave e irreversível. O valor do reembolso é de 70% do valor da mensalidade, limitado a R$ 600,00 por filho.
 
 

 


No universo das 150 melhores empresas para trabalhar*, 36% oferecem licença-paternidade estendida, de 20 dias ou mais, e 50% oferecem licença-maternidade de seis meses ou mais.

Ao todo, 92% dos funcionários das empresas premiadas disseram estar satisfeitos com a qualidade da creche da companhia. Essa aprovação cai para 52% entre as empresas participantes que não foram premiadas. Outra diferença foi revelada quando a pergunta se referia ao apoio da corporação ao desenvolvimento dos funcionários em caso de gestação ou adoção por meio de palestras, cursos ou cartilhas – 82% contra 52%.

O GPTW mostra, ainda, que menos de um quarto das empresas oferece flexibilidade de horários para resolver questões familiares, como uma reunião na escola ou uma visita ao pediatra. Quando essa condição é oferecida, a corporação espera por uma responsabilidade maior da mãe no cuidado com os filhos. Segundo a pesquisa, 24% permitem mudança de horário para as mães, contra só 16% para os pais. O auxílio-creche pode ser requerido pelo pai em apenas 17% das empresas.

Todos esses dados mostram que ainda há um longo caminho a percorrer nas políticas de atenção às famílias com crianças na primeira infância.
 

*Ranking das 150 Melhores Empresas para Trabalhar pelo Great Place to Work Brasil, 2020

 

 


A sua empresa já possui uma política de benefícios diferenciada, que impacta positivamente o desenvolvimento das crianças e de seus cuidadores?

Queremos conhecer suas iniciativas! Conte pra gente clicando aqui
 

Bons exemplos devem ser divulgados; boas ideias, replicadas; boas práticas disseminadas. A primeira infância agradece. 

Se a sua empresa quer ajuda para saber por onde começar, baixe o guia Aposte na Primeira Infância, produzido pela Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal. 

Veja como contornar empecilhos para implementar tais práticas e entenda quais os benefícios - não apenas para os funcionários, mas também para a própria organização.  



 
 

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